18 milhões de fotografias

Artes/Entretenimento/Vida Noturna

Use um leitor de QR code ou acesse https://pwa.app.vc/fotografo_bilionario pelo celular

O fotógrafo amador que ficou bilionário

Com uma câmera fotográfica de US$ 800, o americano Jon Oringer criou a Shutterstock, um banco de imagens que vale mais de US$ 1,5 bilhão. Agora, ele quer concorrer com a consagrada Getty Images
O número de máquinas fotográficas digitais superou o de analógicas, em 2003, nos Estados Unidos. Mais do que uma mudança no mercado, para o empresário americano Jon Oringer, essa tendência representava uma oportunidade. Na época, ele estava envolvido com a criação de start-ups na área de internet. Uma de suas maiores dificuldades era encontrar imagens que pudessem ser utilizadas nos sites das empresas. Mesmo que a foto desejada estivesse disponível nas agências, geralmente havia muitas limitações para a utilização e o preço era proibitivo. Por causa disso, Oringer, fotógrafo nas horas vagas, decidiu pegar sua câmera Canon Digital Rebel, pela qual pagara US$ 800, e sair clicando a cidade de Nova York. Em seis meses, ele produziu por volta de 100 mil fotos. Apenas 30% desse material foi colocado em um site no qual, por meio de uma assinatura mensal, qualquer pessoa poderia baixar as imagens e usá-las livremente. Foi assim que, há dez anos, nasceu a Shutterstock, um dos maiores bancos de imagens do mundo, com mais de 18 milhões de fotografias, 40 mil fotógrafos, designers e ilustradores. “Somos uma empresa coletiva, colaborativa, por isso crescemos tão rápido”, afirmou Oringer, em entrevista à DINHEIRO. “Quanto mais imagens temos para oferecer, mais dinheiro ganhamos.” A aposta tem dado certo. Em outubro do ano passado, Oringer abriu o capital da Shutterstock na Bolsa de Nova York, captando US$ 76,5 milhões.

As ações valorizaram-se 27% em seu primeiro dia de negociação. Hoje, elas valem por volta de US$ 50, um crescimento de mais de 100% desde o IPO. Com isso, o valor de mercado da companhia está em torno de US$ 1,5 bilhão. Oringer, no entanto, tem planos ainda mais ambiciosos para a companhia sediada em Nova York. Ele está lançando um novo banco de imagens batizado de Offset. A ideia é oferecer fotos de profissionais de renome. Trata-se de uma mudança no perfil da empresa, que sempre apostou nas fotos feitas por fotógrafos iniciantes ou mesmo amadores, que aceitam cobrar preços mais em conta por suas imagens – as fotos mais baratas disponíveis no acervo da agência saem por apenas US$ 2.

Denunciar este App Suporte